A importância de aderir à novas metodologias de ensino
Um dos grandes problemas na formação dos alunos é a falta do exercício do
pensar. A diversificação do ensino acaba sendo prejudicada pelo fato de os
professores terem de repassar uma certa quantidade de conteúdos que o currículo
escolar ordena. Os alunos recebem as
informações já elaboradas e, com isso, perdem o que chamamos de processo de
criação e desenvolvimento. Desta forma, perde-se o foco na aprendizagem,
tornando-se a quantidade mais importante que a qualidade. Surge a necessidade
de criar atividades diferenciadas voltadas para a criatividade, para a
construção do conhecimento e que valorizem o aluno. Atividades que tornem a
aprendizagem agradável e fácil.
Alguns professores “corajosos e pioneiros” afirmam que é
possível, sim, arriscar o novo, proporcionando, ao professor e ao aluno uma
nova forma de estar em sala de aula e ao mesmo tempo aprender, memorizar,
criar, desenvolver, motivar e interagir.
A educação acaba não fornecendo as condições necessárias para o
desenvolvimento do pensar criativo e da expressão da criatividade. A
conformidade e a estereotipia “pairam como uma sombra” por sobre nossas
escolas. Ainda estamos longe de criar livres pensadores, criadores e alunos com
originalidade. É possível notar isto apenas observando, alguns minutos, o
horário de recreio de uma escola. Alunos que estacionam todos os dias nos mesmos
lugares, realizando as mesmas atividades, conversando com as mesmas pessoas,
comendo o mesmo lanche, ou seja, sem nenhuma criatividade. É o reflexo do que
aprendem em sala de aula: conformidade e falta de criatividade. Em uma época em
que é preciso ser altamente criativo para competir com o desenvolvimento
tecnológico, ou aprender com ele, ou mesmo, aprender a usá-lo, isto é um contrassenso.
Os grandes vultos da humanidade, e da época contemporânea, só o foram por causa
do uso que fizeram de sua criatividade. As escolas estão fabricando alunos
apáticos e conformados com o que os professores falam, ou com a maneira que os
mesmos resolvem transmitir-lhes os conteúdos.
É possível dizer que, atualmente, é necessário
que o professor utilize ferramentas “não convencionais da educação” que sejam
capazes de motivar e estimular o aprendiz. Existem várias opções, uma delas a
informática, outra a música, a poesia, o desenho, etc. Todas elas, capazes de estimular a linguagem cognitiva e, por esse
fato, devem ser exploradas a fim de diversificar e contextualizar a
aprendizagem. O trabalho do professor dos dias atuais, deve afastar-se, em
termos de didática, do trabalho exercido, por exemplo, dos Jesuítas, que
ensinavam utilizando quadro, giz e alunos sentados enfileirados. Quando mais
longe deste padrão, quanto mais ferramentas diversificadas o professor
utilizar, mais sucesso ele terá nos dias atuais. Mais seus alunos serão capazes
“querer aprender”.
O que escrevo,
neste pequeno texto, não são devaneios de mais um teórico. É a experiência de
um professor que, em dois anos de trabalho em um escola pública, utilizando
informática, celular, câmera fotográfica, vídeos, edição de foto e vídeo,
música, poesia, canto e várias outras atividades “estranhas à sala de aula”,
percebeu que os alunos atingiram um nível de interesse pelo aprendizado muito
diferente de alunos que apenas copiavam do quadro, respondiam a exercícios e
realizavam avaliações. A mudança do INTERESSE pelo aprendizado é fantástica.
Experiência própria!
Sandro Job
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